Para fazer a gestão de uma escola infantil é preciso se responsabilizar por várias áreas bem diferentes: o projeto pedagógico da escola, captação de alunos, segurança e ainda mais.
Pensando em facilitar a vida de quem gerencia escolas infantis, aqui estão 5 práticas de sucesso, recomendadas por instituições como Inmetro, ONG Criança Segura e outros especialistas no setor.
Por incrível que pareça, é normal vermos escolas e creches atuando sem obedecer a legislação vigente. Isso é um risco tanto para as crianças como para a escola em si. Entenda o que é importante fazer nesse passo a passo:
1.1 – Definir os níveis do ensino
A partir da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional ficou definido que municípios, estados e União são responsáveis por diferentes etapas do ensino.
Ou seja, se você oferece ensino infantil, o município é o responsável pela regulamentação. Se for fundamental ou médio, a responsabilidade é do estado.
Caso ofereça ambos ensino infantil e fundamental, o responsável é o estado.
1.2 – Entender exigências da secretaria responsável.
Os documentos e prazos podem variar bastante entre cidade e estado.
Em geral o processo segue uma linha simples: reunir documentação e enviar ao Conselho de Educação (estadual ou municipal). Após uma análise inicial é realizada uma vistoria in loco e o parecer final é emitido.
Um importante aliado na longevidade de uma escola infantil é a atração eficaz de alunos.
Por isso, a presença digital é fundamental. É muito importante ter um site que ajude os pais com suas dúvidas em relação a escola e que comunique o projeto pedagógico. Ter depoimentos de pais e ex-alunos também é ótimo.
Esse tipo de estratégia pode ser um diferencial antes mesmo da visita dos pais.
Algumas dicas extras:
Estudos de IAB Brasil (Interactive Advertising Bureau) e IBGE indicam que 70% do tempo gasto no processo de escolha de um curso ou instituição acontece online. Também temos o impressionante número de 2,5 milhões de buscas por ano no Google pela palavra “escola”.
Entender o quanto um aluno traz de receita para a escola ao longo do tempo é importante. Assim, podemos fazer projeções financeiras e refletir sobre como está a evasão, o valor da mensalidade e a fidelização.
Valor total no contrato – cálculo mínimo: Valor mensal do contrato X Média de meses de permanência do aluno
Valor total no contrato – cálculo completo: Valor mensal do contrato X Média de meses de permanência do aluno X (Potencial de indicação + 1)
Passo a Passo:
1 – Junte em uma planilha informações como mensalidade e tempo médio em que um aluno fica matriculado. Se houver alguma estimativa média de quantos alunos chegam por indicação, melhor ainda! Pois esse número representa o potencial de indicação e é o que diferencia o cálculo mínimo do cálculo completo
2 – Use uma das fórmulas. Agora você tem uma estimativa do valor médio de um aluno.
3 – Pense em como melhorar esse número. A dica é aumentar a duração média do contrato e a média de indicações. Essa é a melhor forma de mensurar o grau de encantamento dos pais com a escola.
4 – Hora de pedir para alunos/pais que indiquem outros alunos para a escola. Mesma coisa para os pais que estão desmatriculando seus filhos.
5 – Depois de pensar em ações para melhorar os números, priorize uma para começar.
Entender os motivos por trás dos números vai ajudar a pensar em melhorias para a escola.
O cálculo da margem de lucro é essencial para conhecer a porcentagem do faturamento que se torna lucro em um período. Em geral, muitos pequenos e médios negócios brasileiros não sabem se lucram. Muito menos quanto lucram.
Margem de Lucro Líquido = lucro líquido / receitas totais
Passo a Passo:
1 – Comece alimentando uma planilha com: faturamento, custos diretos (folha de pagamento de professores, materiais para as aulas e etc) e custos indiretos (instalações, folha de outros funcionários, impostos, tributação e etc)
2 – Subtraia da receita esses custos e você terá o lucro líquido. Com esse lucro, use a fórmula e teremos a margem de lucro líquido.
3 – Da sua receita, quanto é gasto com custos diretos ou indiretos? Quais os maiores custos? O que pode ser feito para diminuir custos desnecessários e recorrentes?
Essa lógica pode ajudar a encontrar oportunidades simples de reduzir custos.
Segurança é uma questão fundamental em qualquer escola infantil. Dados preocupantes aumentam a consciência em relação aos riscos. De acordo com a ONG Criança Segura, acidentes constituem a principal causa de mortes entre crianças de 1 a 14 anos. Outro dado, dessa vez trazido pelo Inmetro, é que em um período de 15 anos, cerca de 6 mil crianças foram internadas no sistema público por sofrerem um acidente em playground.
Duas dicas para deixar o playground mais seguro:
1 – Instruir que os adultos responsáveis pelo monitoramento estejam próximos das brincadeiras. Essa proximidade ajuda na prevenção e velocidade de ação, caso aconteça algo. É uma medida simples de implementar.
2 – Cuidado com o piso do playground. Especialmente porque alguns brinquedos, como escorregadores e balanços, possuem risco de queda. E dependendo do tipo de piso, é possível diminuir as consequências ruins para as crianças.
Falando em segurança na recreação, leia mais aqui.
Nosso blog tem mais informações sobre segurança e pisos aqui e aqui.
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