Liderar um sistema de administração escolar de qualidade e eficiente requer uma série de medidas que, combinadas, resultam em excelência no ensino. Mas engana-se quem pensa que a administração escolar deve focar seus esforços apenas nas atividades relativas à direção.
Uma boa administração deve buscar, como objetivo central, realizar os fins educativos – e isso envolve desde as atividades meio até as atividades fim.
O segredo, dizem os especialistas, está em mediar a busca dos objetivos de todos da comunidade escolar: alunos, professores e escola. Assim, o administrador precisa procurar fazer uma utilização racional dos recursos que dispõe para a realização de todos os fins.
Mas como conciliar tantos interesses em uma só administração escolar? É mesmo possível atender a todos os envolvidos de maneira exitosa, ou essa seria uma utopia?
A seguir, vamos mostrar como é possível criar e manter este caráter mediador no cotidiano escolar. E, assim conseguir dar um enfoque mais “macro” para as necessidades dos alunos, dos professores e da escola.
Se tiver dúvidas ou sugestões, deixe-as nos comentários abaixo. Boa leitura!
Além de ser o responsável legal e administrativo pelo estabelecimento, o administrador escolar tem a missão de atuar junto ao corpo de professores e discente da sua instituição de ensino, coordenando as práticas pedagógicas, bem como acompanhando e analisando o desenvolvimento do currículo.
De um modo geral, este tem a função de diretor da instituição, que normalmente é um pedagogo com uma especialização incorporada ou não à licenciatura em pedagogia.
A discussão acerca da administração escolar ganhou força depois da Constituição Federal de 1988, e posteriormente com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, nº 9394/96, que preconiza a gestão democrática da escola.
Neste contexto, as administrações de ensino passaram a precisar definir normas para a realização da gestão democrática, em acordo com as peculiaridades de cada sistema, que envolve:
A escola é um organismo vivo, em que o diretor ou administrador é o personagem principal na gestão escolar. Mas, sempre envolvendo professores, coordenadores, alunos e pais. E extraindo suas ideias para encontrar um denominador comum e colocá-las em prática.
Para a educadora paranaense Heloisa Lück, diretora educacional do Centro de Desenvolvimento Humano Aplicado (Cedhap), em Curitiba, e consultora do Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed), o paradigma de gestão educacional parte do pressuposto de que a realidade escolar é global, intimamente interligada e dinâmica.
Ela defende o estímulo à gestão compartilhada em diferentes âmbitos da organização escolar para que nasça, dali, um “ambiente favorável ao trabalho educacional, que valoriza os diferentes talentos e faz com que todos compreendam seu papel na organização e assumam novas responsabilidades”.
Desta maneira, o diretor precisa fomentar projetos que incluam a participação mútua da escola e da comunidade. E se alimentar das ideias de sua equipe através de debates e reuniões.
Saiba mais: a importância da gestão escolar na educação infantil
A liderança precisa ser firme e buscar a união do time. Sem se esquecer de que muitas opiniões diferentes potencializam a criatividade que podem trazer melhorias nos processos do saber oferecidos pela escola. Ou seja, é um fator positivo.
Para o professor Henrique Paro, da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo, na escola básica, o caráter mediador da administração escolar deve dar-se de maneira que tanto as atividades-meio – como a direção, os serviços de secretaria, a assistência ao escolar e as atividades complementares, como zeladoria, vigilância, atendimento de alunos e pais – quanto a própria atividade-fim, que é a relação ensino-aprendizagem predominante da sala de aula, estejam permanentemente impregnadas dos fins da educação.
Caso contrário, o resultado pode ser burocratização da atividade escolar por inteiro. É o que acontece quando vemos a elevação dos meios à categoria de fim. Além da completa perda dos objetivos visados com a educação escolar.
Colocando claros os objetivos educacionais da escola e a aprendizagem dos alunos no centro dos objetivos de toda a comunidade, as expectativas dos profissionais com relação à Educação permanecem elevadas, contribuindo para a construção do que Heloisa Lück chama de “comunidade social de aprendizagem”.
Porém, em termos da rotina da educação infantil, existe uma preocupação grande em entender o que a criança dessa idade necessita e o que o adulto (professor) acredita que ela necessite.
A polêmica é grande quando se fala sobre o que é alienador para a educação de uma criança na primeira fase escolar de sua vida.
Uma boa organização para a escola infantil irá dar valor ao desenvolvimento da criança. Dessa forma ela poderá expandir a sua visão nos primeiros contatos e relacionamentos com as pessoas.
Para tanto, é preciso que ela tenha o ambiente ideal à sua volta. E que se sinta acolhida, feliz e em segurança, em um local propício para a construção de sua identidade. Eles precisam ser organizados de maneira que fomentem expressões, desenvolvimento da linguagem, convívio com diferentes personalidades, observando a construção da identidade da criança, a cooperação e sua autonomia.
O corpo de professores precisa ser agente direto na execução destas metas, ao mesmo tempo em que administração escolar deve atentar-se para estes esforços e valorizá-los.
É razoável, inclusive, premiar de alguma forma, aqueles que se destacaram durante o ano letivo em suas determinadas áreas. Assim, as equipes ficarão sempre motivadas a evoluir e a participar das decisões de forma democrática.
Se você ainda tem dúvidas a respeito de gestão e administração escolar, recomendamos a leitura do artigo Gestão Escolar: o que é e quais são seus diferentes tipos.
Deixe um comentário!
0 Comentários