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Educação Inclusiva: entenda o que é e por que aplicá-la em sua escola

Na Educação Inclusiva, crianças e educadores aprendem a lidar da melhor maneira com as diferenças de maneira harmônica, valorizando o respeito e a dignidade de todos os alunos.

Cada vez mais, vemos uma grande preocupação da sociedade em entender e aceitar todas as pessoas de acordo com suas individualidades, particularidades e necessidades. Por isso, têm sido estudadas maneiras para incluí-las nos mais diversos segmentos de suas vidas.

Isso não poderia ser diferente na esfera da educação infantil. Atualmente, as escolas estão começando a utilizar o recurso da Educação Inclusiva, que se preocupa justamente em levar o conhecimento a todas as crianças de uma maneira coletiva, baseada na premissa de que quando a criança é incluída no ensino – que é extensivo a todos -, tem maiores e melhores condições de se desenvolver.

Creches e pré-escolas que adotam o uso da Educação Inclusiva têm ajudado a várias crianças com necessidades especiais a terem mais qualidade de ensino. E, consequentemente, trazido melhorias na autoestima, segurança, autonomia das crianças.

Na sequência do texto, você descobrirá como funciona a Educação Inclusiva, e como ela poderá abrir novos horizontes para alunos que, por vezes, são até mesmo desconsiderados por instituições de ensino.

Caso tenha dúvidas ou sugestões, deixe seu comentário no final deste post.

Boa leitura!

O que é, afinal, a Educação Inclusiva?

A Educação Inclusiva é aquela que se preocupa que o conhecimento possa alcançar a todas as pessoas, independente de sua classe social, cor, raça, comunidade ou capacidade intelectual e emocional.

Esta forma de ensino busca difundir um ensino coletivo, englobando também aqueles que têm necessidades especiais como crianças autistas ou superdotadas, ou crianças com necessidades especiais por falta de saúde ou formações congênitas incomuns (portadoras da Síndrome de Down, por exemplo).

Aplicar uma Educação Inclusiva também significa considerar povos de culturas diferentes, como populações ribeirinhas, tribos indígenas e quilombolas. Alunos com necessidades especiais como surdos, mudos e paraplégicos ou tetraplégicos também são contemplados dentro deste tipo de educação.

Ou seja: a Educação Inclusiva busca atender e perceber as necessidades de todo e qualquer aluno em salas de aula comuns, promovendo a aprendizagem e o desenvolvimento individual de todos eles.

Como e por que promover a Educação Inclusiva em sua escola?

Antes de qualquer iniciativa, é preciso que todas as escolas tenham em mente que todo ser humano deve ter acesso à Educação. No Ensino Inclusivo, o principal benefício é que todas as crianças criam harmonia entre si.

Por exemplo: as crianças que não fazem parte do time de crianças especiais entendem, ao longo do tempo, que estes colegas são apenas diferentes, e não deve ser temidos, excluídos ou evitados. Já as crianças especiais não se sentem um estranho no ninho ou um “bicho do outro mundo”, que todos temem, acham feios, incapazes e esquisitos.

Convivendo em escolas regulares com crianças regulares, a criança especial se sente contextualizada na sociedade. Ela alcançará autonomia e melhorará sua autoestima para se tornar uma pessoa independente, e um cidadão que, em um futuro próximo poderá ter uma carreira profissional.

Para se implementar a prática da Educação Inclusiva, professores e educadores precisam se adaptar à metodologia, assim como as próprias famílias dos alunos especiais deve modificar a relação com a escola. Além disso, as escolas precisam lançar mão de alguns recursos para receber uma criança especial, como:

  • Suporte tecnológico (chamado de Tecnologia Assistida),
  • Uso de jogos e aplicativos para ajudar crianças com necessidades diversas
  • Uso de notebooks e tablets para acesso a jogos educativos e interativos
  • Espaços com acessibilidade, planejados para receber alunos paraplégicos, tetraplégicos, cadeirantes
  • Tablets com traduções simultâneas para surdos e mudos
  • Aparelhos especiais para cegos
  • Sistemas e programas para que tetraplégicos usem ferramentas com o comando de voz

Apesar da grande proposta e do benefício que proporciona, a Educação Inclusiva ainda é um tema de muitas pesquisas e requer muitos ajustes para ser difundida em larga escala.

Mesmo assim, há muitos colégios que já praticam a Educação Inclusiva no Brasil, ainda que com certa escassez de recursos, tecnologia, e formações e informações para receberem em seu corpo discente os alunos especiais. O Brasil ainda está “engatinhando” no Ensino Inclusivo, mas já existem muitos bons projetos que vêm dando ótimos resultados para alunos com necessidades especiais.

Lembrando que o Ensino Inclusivo não deve ser confundido com o Ensino Especial, ainda que este faça parte do primeiro. A diferença é que o Ensino Especial está focado em separar para educar aqueles alunos somente com necessidades especiais.

O PNE e seu posicionamento em relação à educação inclusiva

O Brasil, sendo um país de dimensões continentais, ainda está na fase de desenvolvimento da Educação Inclusiva. Porém, o PNE (Plano Nacional da Educação) assegura a garantia de que todos os alunos com necessidades especiais – como por exemplo surdos, cegos, mudos, com deficiência mental, alunos com transtornos psicológicos ou altamente hábeis (superdotados e autistas) – possam estudar em classes regulares desde a educação infantil até a superior.

O governo brasileiro tem um trabalho grande a fazer nos projetos ligados à educação, mas a Secretaria de Educação e o MEC (Ministério da Educação e Cultura) já instituíram grandes projetos que têm dados bons frutos para a Educação Inclusiva a mais de 48 mil escolas. Eis alguns exemplos:

  • Projeto Diferenças: Escolas com o ensino voltado para comunidades indígenas, quilombolas e populações rurais
  • Criação do Dia Nacional da Inclusão Social (10 de dezembro): O MEC criou vários projetos em sintonia com esta data a fim de criar ideias que venham a incluir estudantes dentro da sociedade
  • Programa Escola Acessível: promove o acesso ao ambiente da escola, criando salas com capacidades multifuncionais e adaptação do espaço físico para diversas necessidades especiais, atendendo estudantes com deficiências

Conclusão

A Educação Inclusiva hoje é considerada como fundamental no ensino para crianças especiais. Uma criança especial contextualizada em uma escola regular ganha respeito e dignidade, e seu lado sócio emocional e psicológico será muito melhor desenvolvido.

Isso só trará mais alegria à criança especial: sua família também não sofrerá mais por sentir discriminação de outras pessoas, e terá ainda mais tranquilidade e confiança na escola.

Uma escola que pensa nas diferenças humanas e em criar cada vez mais mecanismos novos para a inclusão social é justa e está de braços abertos para a construção de uma sociedade melhor. E você, o que acha de adotar a Educação Inclusiva em sua escola?

GESTAO DEMOCRATICA

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4 Comentários

  1. Maria Cicera Bispo da Silva Lima says:

    Amei esse texto.Sou professora de sala de recurso multifuncional e ainda precisa melhorar quando se trata de Educação Inclusiva. Mas nós educadores temos que fazer a diferença eu acredito em uma educação de qualidade! !

    • Olá Maria!
      Que ótimo, ficamos felizes em saber que gostou e esperamos que você possa aproveitar este conteúdo no seu dia a dia.

      Que bom que existem profissionais como você preocupados com o assunto!
      Desejamos sucesso.

  2. Lenilda f santos says:

    Gostei muito dessa pesquisa. Sou professora de educação infantil, e estou terminando a pos de educação especial inclusiva. Estamos trabalhando para essa educação de qualidade. Temos que fazer a diferença.

    • Que ótimo Lenilda! O mercado esta precisando de pessoas como você.
      Desejamos sucesso na sua carreira.

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