Você sabia que as dificuldades de aprendizagem atingem 1 a cada 10 crianças em idade escolar? Não é por acaso que os educadores se deparam com frequência com esta questão por vezes tão complexa, que pode ter motivação biológica, emocional ou até mesmo socioeconômica.
A dislexia, por exemplo, é um tipo de distúrbio na aprendizagem que afeta milhares de crianças no mundo, mas que muitas vezes não é identificada precocemente, trazendo prejuízos ao desempenho escolar.
Ou seja: para lidar com o problema adequadamente, é preciso identificá-lo, entender melhor as origens que causam esta desordem para, então, lidar com ela adequadamente.
A boa notícia é que é muito fácil detectar quando uma criança está tendo problemas para processar as informações que recebe, e é sobre isso que falaremos a seguir.
Aqui neste post, você vai entender o que é, o que causa e quais são as principais dificuldades na aprendizagem. Vamos também mostrar as maneiras de identificá-las na sala de aula, e que tipos de ações as escolas podem tomar para ajudar os alunos.
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Boa leitura!
As principais dificuldades de aprendizagem estão associadas a um comprometimento no funcionamento de certas áreas do cérebro. Uma criança com problemas de aprendizagem pode ter um nível normal de inteligência e capacidade visual e auditiva. Mas sua dificuldade está em captar, processar e dominar as tarefas e informações, e logo a desenvolvê-las posteriormente.
Esta criança poderá não fazer o que outras com o mesmo nível de inteligência podem conseguir. Mesmo que se esforce em seguir as instruções, em concentrar-se, e portar-se bem em sua casa e na escola.
Nestes casos, mesmo após uma mudança na abordagem educacional do professor, o aluno continua apresentando os mesmos sintomas. Porém, embora a dificuldade de aprendizagem esteja relacionada a problemas não decorrentes de causas educativas, é arriscado falar somente em uma causa biológica.
Na realidade, essa dificuldade pode estar ligada a fatores como condições socioeconômicas desfavoráveis ou até por não receber o incentivo correto para o estudo em casa.
Os que apresentam sintomas relativos a problemas de atenção, ansiedade ou agitação normalmente desenvolvem o quadro por causa de algum conflito pessoal ou familiar, e não por mau funcionamento fisiológico.
Entre os problemas de aprendizagem mais comuns, estão:
Dislexia: Os alunos que enfrentam esse distúrbio apresentam, tipicamente, uma dificuldade de leitura. É extremamente comum, apresentando mais de 2 milhões de casos relatados por ano no Brasil.
Disgrafia: dificuldade na escrita. Inclui, principalmente, erros de ortografia como trocar, omitir e inverter letras.
Disortografia: Os alunos que enfrentam esse distúrbio geralmente também são afetados pela dislexia. Embora também esteja relacionado à linguagem escrita, é mais amplo do que a disgrafia e pode envolver desde a falta de vontade de escrever até a dificuldade em organizar informações.
Discalculia: alunos são afetados, principalmente, em sua relação com a matemática. Os sinais envolvem dificuldades em organizar, classificar e realizar operações numéricas.
Dislalia: dificuldades na fala. Podem ter alterações na formação normal dos órgãos fonadores dificultando a produção de certos sons da língua.
Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH): baixa concentração, inquietude e impulsividade. Neste caso, foi constatado que uma das causas é genética e que há implicações neurológicas. É reconhecido pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como um transtorno legítimo.
Todos estes problemas podem ser detectados em crianças a partir dos 5 anos de idade. Para identificá-los, o papel do professor é fundamental. Já que está em contato constante com o aluno e tem acesso aos grupos que o cercam.
Entre os sinais mais frequentes que indicam a presença de um problema de aprendizagem podemos apontar:
– Dificuldade para entender e seguir tarefas e instruções
– Dificuldade para relembrar o que alguém acaba de dizer
– Falta de domínio de destrezas básicas de leitura, soletração, escrita e/ou matemática, pelo que fracassa no trabalho escolar
– Dificuldade para entender o conceito de tempo, confundindo o ‘ontem’, com o ‘hoje’ e/ou ‘amanhã’
– Escrever as letras, palavras ou números ao contrário o fora de ordem
– Falta de coordenação ao caminhar, fazer esportes ou completar atividades simples, tais como apontar um lápis ou amarrar o sapato
– Facilidade para perder ou extraviar seu material escolar, como os livros e outros artigos
– Irritação ou excitação com facilidade
– Dificuldade para distinguir entre a direita e a esquerda, para identificar palavras, etc.
Mas, diante desta possibilidade, é preciso que o aluno passe uma avaliação especializada com profissionais da área de saúde. Esta é uma medida indispensável, uma vez que a realização de avaliações superficiais tem causado um aumento no número de crianças e adolescentes desnecessariamente submetidos a tratamentos medicamentosos.
As dificuldades no aprendizado constituem uma grande preocupação para muitos pais, já que afetam o rendimento escolar e as relações interpessoais dos seus filhos.
Nesse contexto, é papel da escola quebrar certos rótulos ou paradigmas de que um aluno com dificuldade de aprendizagem é “deficiente” ou “fraco”.
Nesses casos, garantir uma condução adequada por uma equipe multidisciplinar de médicos, especialmente neurologistas, psiquiatras, psicólogos, psicopedagogos e fonoaudiólogos pode ajudar a oferecer uma visão mais holística do aluno em questão.
Desta maneira, cada um dos profissionais traz uma perspectiva a agregar na avaliação, evitando o equívoco de atribuir o problema a uma causa única. É primordial que todos esses profissionais envolvidos tenham alguma forma de comunicação, já que todos eles vão, de alguma forma, influenciar o avanço e melhoria do aluno.
A escola também é responsável por promover mais integração do aluno com o restante da comunidade escolar e, por meio da figura do professor, adaptar a metodologia de ensino para ajudar o aluno.
Hoje em dia, é mais que necessário buscar a dinamicidade e inovação na sala de aula, integrando atividades lúdicas por meio do processo de gamificação e adotando ferramentas tecnológicas de apoio ao ensino.
Deste modo, o aluno é estimulado de uma forma despretensiosa a desafiar sua concepção sobre as próprias limitações.
Muito bom esse blog do Barcelona me ajudou no trabalho da faculdade bem como me informar sobre as dificuldades de aprendizagem do meu filho que está no ENSINO FUNDAMENTAL.
Obrigado e parabéns pelos posts.